Cabernet Sauvignon, a uva vinífera mais plantada do mundo, saiu da França para conquistar o mundo, dominando até a China.
Natural do Gironde, no sul da França. Provavelmente era confundida com a Cabernet Franc até o fim do século 19. Não é de se estranhar já que é fruto do cruzamento da Cabernet Franc com a Sauvignon Blanc. Aliás a familia dela é grande e inclui a Merlot e a Carménère. Portanto, é bem normal que não só os viticultores as confundam no vinhedo, como também os enófilos as confundam na taça.
A Cabernet Sauvignon possui um composto de aroma chamado metoxipirazina. A metoxipirazina ou pirazina, em quantidades menores, adiciona aromas de pimenta preta, pimenta verde ou sálvia. Em quantidades muito altas, a pirazina dá origem a um sabor vegetal, herbáceo que pode ser bastante incômodo no vinho.
Os viticultores sabem que algumas técnicas utilizadas no vinhedo “domam” as pirazinas. Uma delas é o tempo de amadurecimento lento e prolongado. O que os americanos chamam de ‘hang time’.
A Cabernet é apreciada tanto em vinhos monovarietais quanto em cortes. Alguns dos cortes mais famosos desta uva é o de Bordeaux onde entram Merlot e Cabernet Franc. Às vezes inclui também Malbec, Petit Verdot e Carménère. Uma curiosidade: o corte de Bordeaux é conhecido como Meritage nos Estados Unidos.
Os Estados Unidos também são entusiastas da casta e o Napa Valley produz alguns dos Cabernets mais admirados do mundo. Nas regiões vinícolas de Washington e Columbia os enólogos costumam fazer o que chamam de CMS Blend: acrescentar Merlot e Syrah à Cabernet Sauvignon.
Outro corte muito famoso em que a Cabernet Sauvignon é a estrela, é o dos vinhos conhecidos como Supertocanos. Nesta mistura entram uvas Sangiovese, Merlot, Cabernet Franc e Syrah complementando a Cabernet.
Em direção ao outro lado do mundo, constatamos que os australianos costumam misturar sua uva favorita, a Shiraz, à célebre Cabernet e até os chineses consideram esta uma das suas castas mais populares.
A Cabernet Sauvignon harmoniza muito bem com carne, especialmente churrasco. Vai bem com carré de cordeiro com molho agridoce (o tradicional molho de hortelã requer atenção já que hortelã e vinho têm uma relação complicada). Também harmoniza com pato laqueado ou com molho de laranja. Na tábua de queijos, pense num Cheddar envelhecido, no Gouda ou até no Gorgonzola. Os vegetarianos podem disfrutar deste rótulo com risoto de funghi.
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