maio 11, 2020
Carménère era uma das variedades de uvas européias mais antigas usadas para produzir vinho na região de Bordeaux. Estima-se que os antigos romanos gostavam da variedade e que esta ganhou primeiro uma boa reputação devido aos vinhos produzidos na Espanha.
Os romanos foram, provavelmente, o povo que plantou a Carménère nas vinhas de Bordeaux. O nome original de Bordeaux era Biturica, que alguns historiadores sugerem que também era um nome antigo para o que chamamos agora de Carménère.
Para apoiar essa teoria, a variedade foi e é usada como uma uva de mistura na Toscana, sob o nome de "Predicato di Biturica". Outras pesquisas mostram que a Carménère era a mesma espécie da uva Vidure, que era um clone de Cabernet Sauvignon usado em Bordeaux no passado. Mas especialistas sugerem que a uva teve mesmo suas raízes iniciais na Península Ibérica.
A ORIGEM:
Carmenere, leva o nome de “carmin”, que pode ser traduzido para vermelho, devido à cor vermelha que as folhas assumem pouco antes da queda das folhas no outono. A uva Carmenere foi usada em todos os melhores vinhos de Bordeaux.
Era uma parte importante da mistura para todos os vinhos do Medoc, desde as primeiras vinhas plantadas na região. Antes do ataque da Filoxera, a uva era amplamente cultivada em Bordeaux, especialmente no Graves, e o que agora é chamado de denominação Pessac Leognan.
ALGUM TEMPO DEPOIS:
Após a epidemia de Phylloxera, os vinicultores de Bordeaux não replantaram a variedade. Na margem esquerda, eles o substituíram por Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc. Todas essas são boas escolhas porque um dos atributos ou defeitos de Carmenere, dependendo do seu ponto de vista, é que a fruta se presta a exibir uma qualidade rústica.
ATUALMENTE:
Hoje, o Chile mantém o maior plantio de Carmenere do mundo. A uva ganhou popularidade pela primeira vez no país sul-americano quando as estacas foram trazidas de Bordeaux por volta de 1850.
Na época, muitos dos cortes eram confundidos com Merlot. De fato, os produtores chilenos do período começaram a chamar a uva, Merlot Peumal, após o vale de Peumo, localizado no Chile. O erro acabou sendo descoberto e, em 1994, muitos produtores se deram conta de que tinham vastas plantações de Carmenere e não em Merlot.
PONTO POSITIVO PARA O CHILE:
Isso acabou sendo positivo para os vinhos do Chile. Os produtores levaram mais de 10 anos para descobrir quais vinhas eram realmente Carmenere e quais eram Merlot ou outras uvas, e essa descoberta levou a melhores práticas de vinhedo para a variedade.
Hoje, as maiores plantações do Carmenere agora são encontradas em Colchagua Valley (hiperlink texto 2). De fato, Carmenere agora é tão popular no Chile que, em 1998, o Departamento de Agricultura do país reconheceu oficialmente Carmenere como uma variedade distinta. Hoje, as videiras de Carmenere ocupam pouco mais de 10% de todas as plantações de vinhedos no Chile, com quase 10.000 hectares de videiras plantadas.
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