fevereiro 14, 2020
Os vinicultores da região vinícola de Adelaide Hills, no sul da Austrália, estão avaliando suas vinhas e propriedades depois que um incêndio florestal atingiu a região no final deste ano passado. Mais de 60 vinhedos e vinícolas foram impactados, com alguns viticultores perdendo todas as suas uvas apenas alguns meses antes do início da colheita. O incêndio de Cudlee Creek ocorreu em 20 de dezembro nas montanhas a leste de Adelaide, a capital do Sul da Austrália. Alimentado por condições quentes, secas e ventosas, o incêndio dizimou 57.000 acres e destruiu mais de 80 casas.
Adelaide Hills é uma das regiões vinícolas de clima frio mais conhecidas da Austrália. A região está localizada nas cordilheiras do monte elevado e faz fronteira com o vale de Barossa ao norte e o vale da McLaren ao sul abrigando 90 rótulos de vinhos diferentes, com cerca de 8.150 acres de vinhedos.
Alguns produtores de vinho estão relatando danos significativos às suas uvas e as videiras. Os incêndios florestais geralmente queimam as ervas por baixo das videiras e dos postes de treliça, mas essas chamas têm sido suficientemente quentes e lentas para queimar algumas das vinhas. As uvas foram ainda mais impactadas. Os incêndios chegaram quando as uvas ainda estavam amadurecendo. A colheita geralmente ocorre entre fevereiro e março no Hemisfério Sul, mas os produtores de vinho podem começar a colher suas uvas já em janeiro nas regiões mais quentes da Austrália. Neste ano, no entanto, as uvas foram praticamente torradas ainda em sua época de maturação, direto no pé.
A perda da safra deste ano pode significar falência para alguns produtores de vinho, já que os produtores e vinícolas estão em um ponto particularmente difícil em termos financeiros depois de uma safra de 2019 que foi 50% abaixo da média. Os danos causados pelos incêndios nas vinhas e a falta de frutas que resultam disso, farão com que algumas vinícolas sejam obrigadas a fechar as portas. Uma lástima!
Pode levar anos para a indústria do vinho australiano se recuperar nas regiões atingidas pelos incêndios, porque grande parte destas regiões precisarão passar pelo replantio, e se houver uma recuperação integral, suas videiras possivelmente não darão frutos até 2022. Aquelas que foram chamuscadas, serão refeitas na primavera e serão produtivas novamente até a safra de 2021, mas se tratando de novas plantas para uma nova colheita, o período varia entre 3 a 4 anos de espera.
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