maio 06, 2019
A região do Dão em Portugal sempre foi conhecida por seus vinhos e também marcada por uma das primeiras do país a produzir vinhos de mesa. A região sempre forneceu vinhos para todo o país e também para outros.
Porém, houve um período em que as coisas não foram assim. Durante um tempo, Dão foi passado para trás por Douro e Alentejo. Isso aconteceu devido a intervenções governamentais na década de 1940. O intuito era melhorar a qualidade dos vinhos produzidos, e então foram criadas regulamentações com um programa de participação de cooperativas no setor, concedendo a estas exclusividade na compra das uvas produzidas no local. Empresas privadas só podiam comprar vinhos já prontos, e o aumento da produção fez com que a qualidade do vinho produzido no Dão caísse e deixasse de ser referência.
Após a entrada de Portugal na Comunidade Econômica Europeia, esta regulamentação foi revogada, o que fez surgir novos empreendimentos viníferos, e fazer com que a região de Dão renascesse para o mercado voltando a ocupar o seu lugar de origem.
Atualmente, o Dão voltou a ser uma região conhecida pela sua rota de vinhos e atrai visitantes e turistas de todo o mundo. Localizada no centro de Portugal, a região possui 376 mil hectares, sendo cerca de 20 mil destinados exclusivamente às vinhas.
A região é demarcada por um relevo acidentado, com a maior parte do solo granítico e possui um clima favorável para a produção de uvas. Cercada por altas montanhas e protegida da influência do oceano atlântico, possui clima temperado, com verões quentes e secos e invernos frios e chuvosos.
A casta mais conhecida e nobre da região é a Touriga Nacional, que produz vinhos com encorpados, com taninos nobres e propícios ao envelhecimento, ficando melhores depois de maturados. Essa casta é produzida em todo país, porém devido as circunstâncias particulares da região, somente em Dão que ela atinge a sua plenitude.
Outra casta nobre conhecida da região é a Alfrocheiro Preto. Os vinhos produzidos com ela costumam ser finos e ganham corpo ao longo dos anos de maturação.
Já entre as castas brancas, a Encruzado é a mais nobre, sendo conhecida por seus aromas complexos e secos.
Em geral, os vinhos produzidos no Dão são gastronômicos. Com acidez única e aromas delicados, eles são equilibrados e harmônicos, casando bem com a gastronomia local. Os tintos costumam ser vermelho rubi, com aromas frutados delicados e maduros, taninos finos e boa acidez. Já os brancos normalmente têm acidez refrescante e médio corpo.
A região de Dão possui lindas paisagens e é um destino incrível para os amantes de vinhos, visto que a maior parte do seu turismo é concentrado neles.
Se você ainda não conhece os vinhos da região, não perca tempo! Neste mês, o SmartBuy Wine Club oferece um excelente vinho do Dão para que os associados conheçam mais!
abril 29, 2019
Raramente paramos para pensar nos processos de produção que os produtos que consumimos passam até chegarem em nossas mãos. Isso é de certa forma preocupante, pois podemos estar consumindo coisas que talvez não tenham uma origem tão boa assim. Verduras com excesso de agrotóxico, roupas provenientes de mão de obra escrava, produtos com conservantes cancerígenos e por aí vai. Além disso, quando não conhecemos a história do produto que consumimos, podemos também desvalorizar algo que deveria ser valorizado e reconhecido.
Pensando nisso e também na curiosidade normal que os amantes do vinho tem, preparamos esse post para falar sobre as etapas da produção de vinhos e suas tecnologias. Seu processo de produção é complexo e cheio de detalhes, então nada melhor do que conhecê-lo para que possamos dar o devido valor aos nossos amados vinhos! Vamos lá!
A colheita:
Existe um momento certo para que as uvas sejam colhidas, afinal elas definem a potência do vinho. Uvas colhidas antecipadamente podem produzir vinhos com maior acidez e menos teor alcoólico, já uvas colhidas mais maduras, produzem vinhos de menor acidez e maior teor alcoólico.
A colheita pode ser realizada em diferentes épocas, variando de acordo com o tipo da uva, seu estágio de maturação e as condições climatológicas. Ela deve ser realizada em horários estratégicos com temperaturas mais amenas para evitar uma possível oxidação dos frutos.
A colheita pode ser realizada manualmente, que é um processo mais caro, ou mecanicamente, que é um processo mais rápido e barato.
Dentro da colheita, podemos falar também sobre o processo de maturação das uvas, mais conhecido entre os produtores de vinho como o “pintor”. É nesse processo de maturação que a uva ganha força, volume e acumula açúcares livres (glucose e frutose), potássio, aminoácidos, compostos fenólicos e vai perdendo ácido tartárico e ácido málico (eles representam 90% dos ácidos presentes na uva) até estarem perfeitas para a colheita. Devido ao acúmulo de açúcares e a perda de acidez, o pintor é uma fase determinante para definir as características que o vinho terá no futuro.
No hemisfério norte, a colheita geralmente ocorre de setembro até o início de novembro e, no hemisfério sul, de janeiro até o início de março.
Recomenda-se que a vinificação seja realizada assim que as uvas chegam nas vinícolas, de maneira que seu frescor seja aproveitado e evite fermentações indesejadas que podem afetar o resultado final do produto.
Esmagamento, desengace e prensagem:
Assim que chegam na vinícola, as uvas são colocadas na desengaçadeira-esmagadeira, que é uma máquina que remove as sementes, que são os responsáveis pelo amargor indesejável ao vinho, mas isso deve acontecer de maneira sutil, pois precisa romper as cascas das uvas sem que as sementes sejam esmagadas.
Essa pasta que foi criada, é chamada de mosto, e é utilizada para a criação de vinhos mais nobres, pois é rico em açucares, menos ácido e menos tânico.
O próximo passo é quando o mosto passa por uma desengaçadeira. É nessa hora que são retirados os engaços, popularmente conhecido como galhos e ramificações dos cachos das uvas. Essa é uma parte muito importante do processo pois evita o aumento indesejável do tanino e limita o amargor do vinho.
Já a prensagem é um processo realizado apenas na elaboração de vinhos brancos, que consiste na separação das cascas e sementes do suco. Os vinhos rosés e tintos pulam esta etapa, pois são fermentados junto com as cascas para ganharem cor.
Fermentação:
Após a separação de tudo que é indesejado, o mosto é levado aos tanques de fermentação, que podem ser de aço inoxidável, de madeira ou de cimento.
Os tanques de aço, utilizados na maioria das vezes, preservam o frescor das uvas, oferecendo ao vinho maior sabor da fruta.
A fermentação em madeira torna os vinhos mais macios ao paladar. Vinhos fermentados em carvalho geralmente são mais claros, menos frutados e possuem aromas e sabores amadeirados.
Os tanques de concreto também são bastantes utilizados, sendo capazes de manter uma temperatura constante de forma natural, afinal o concreto é um isolante térmico. No concreto a exposição do vinho ao oxigênio é muito baixa, mantendo assim as características naturais da uva.
Durante a fermentação as leveduras se alimentam do açúcar natural presente no suco das uvas e o transformam em álcool e dióxido de carbono.
A temperatura de fermentação também é um fator decisivo no processo de criação do vinho. Vinhos brancos e rosés precisam ser fermentados em temperaturas mais baixas, pois elas preservam seus aromas e sabores. Já os vinhos tintos devem ser fermentados em temperaturas mais elevadas, visando aumentar os taninos do vinho e realçar a sua cor.
Outro fator importante durante a fermentação, é o tempo em que o vinho passa em contato com as cascas. Quanto mais tempo o vinho ficar em contato com elas, mais cores e sabores o vinho possuirá.
Trasfega:
A trasfega é a ação de passar o vinho de um recipiente para o outro, eliminando resíduos sólidos, matéria orgânica, bactérias e leveduras se depositam no fundo do tanque.
Assim o vinho é passado para um recipiente limpo, evitando sabores e aromas indesejados.
Estabilização do vinho:
Após as trasfega, o vinho passa por processos que garantem a sua limpidez, removendo o aspecto turvo. O vinho é submetido a estabilização ao calor, sendo submetido a altas temperaturas para que ele não volte a ficar turvo, a estabilização ao frio, para evitar que cristais se formem em baixas temperaturas e a estabilização microbiológica, que evita que novas fermentações ocorram depois do vinho ter sido engarrafado.
Amadurecimento:
Alguns vinhos passam por um processo de envelhecimento, que pode ser feito em tanques de aço ou barris de carvalho.
Como falamos lá em cima, os tanques de aço limitam a exposição do vinho ao oxigênio, mantendo-os mais frescos e com sabor da fruta. Já os barris de carvalho, por terem maior oxigenação são menos ácidos e possuem menos taninos, além de acrescentar ao vinho novos aromas e sabores.
Para os vinhos brancos, geralmente utiliza-se tanques de aço, para conservar o seu frescor, aromas e sabor da fruta. Mas também existem aqueles que passam por madeira, geralmente com a variedade Chardonnay, entã o vinho torna-se mais encorpado, além de adquirir cor e textura amanteigada.
No caso dos vinhos tintos, os barris de carvalho são mais utilizados, acrescentando ao vinho aromas e sabores, deixando-o mais encorpado e macio.
Engarrafamento:
No preenchimento das garrafas, uma máquina injeta gás nitrogênio, substituindo o ar da garrafa. Esse procedimento é importante para evitar a oxidação na garrafa e para preparar o vinho para a fase de envelhecimento.
Depois de engarrafados, os vinhos entram em repouso até estarem prontos para serem vendidos.
Este repouso é benéfico para todos os vinhos, pois ajuda na estabilização e na recuperação de uma possível “doença da garrafa” – causada por agitação e exposição da bebida ao oxigênio durante o engarrafamento.
Os vinhos podem repousar nas vinícolas por dias, semanas, meses, ou até muitos anos.
Agora quero saber de vocês, concordam com aquela famosa frase de que quanto mais velho um vinho, melhor ele fica? Deixe sua opinião aqui nos comentários!
E agora que você já sabe o quão cheio de detalhes é o processo de produção de um vinho, nada melhor do que valorizá-lo como nunca! Corre pro nosso site que lá temos opções de altíssima qualidade para todos os gostos!
abril 22, 2019
abril 15, 2019
A casta Barbera é a segunda mais plantada da Itália e considerada uma das melhores por experts. Originalmente de Piemonte, Noroeste da Itália, a uva começou a ganhar notoriedade em 1982, quando um enólogo visionário de Asti trouxe vida a uma face da Barbera que não conhecíamos. Antes disso, a uva era considerada por muitos um “patinho feio” em meio as outras castas de uvas.
Ele decidiu colher a uva mais tarde do que o usual, deixou o vinho envelhecer por 15 meses em um barril de madeira new oak e depois disso o deixou na garrafa por mais 1 ano. Quando o vinho estava pronto foi um sucesso total, todos que provavam amaram o resultado!
E assim nasceu um dos vinhos mais conhecidos do mundo, o Barbera. De cor rubi, com boa transparência, aroma de ervas finas e frutas vermelhas, o vinho possui uma acidez acentuada, equilibrada e baixos taninos. O vinho carrega também um leve sabor proveniente da sua estada na madeira em new oak.
Apesar de Piemonte ser marcado pelos vinhos tânicos produzidos com a uva Nebbiolo (Barolo e Barbaresco), os Barbera são os que fazem parte do dia a dia local devido a sua estrutura mais leve.
A Barbera empresta seu nome para duas das 58 denominações de origem do Piemonte: Barbera d’Asti e Barbera d’Alba. O vinho de Asti costuma ser frutado, e menos estruturado, com um toque de carvalho quase imperceptível. Já o vinho de Alba reflete a proximidade geográfica com a produção de Nebbiolo, ele é mais concentrado e estruturado, reflete mais a passagem por barris de carvalho.
Comum também em outras regiões da Itália, como Emilia-Romagna, Puglia, Campania, Sicília e Sardenha, a Barbera se espalhou pelo mundo assim como os imigrantes italianos, estando presente em países como Austrália, Argentina, Estados Unidos, e até Brasil, sendo utilizada na produção de vinhos de qualidade também fora de sua terra natal.
A Barbera é conhecida por diversos nomes regionais ou sinônimos, como: Barbera d’Asti, Barbera d’Alba, Barbera d’Aosta, Barbera Belas, Barbera Dolce, Barbera Forte, Barbera Grossa, Barbera Riccia, Barbera Sarda, Barbera Vera, Barbare e Barbera del Monferrato.
Como quase todos os bons tintos italianos, o Barbera abre o apetite e é perfeito para harmonizações na hora das refeições. É uma boa combinação com massas em molho de tomates frescos, queijos amarelos, cogumelos, carnes leves e aves. Esse é um vinho que vai bem em almoços e em temperaturas mais quentes.
Os melhores Barbera, tendem a ser de vinhas bem podadas e com cachos de uva menores, possuindo assim sabores mais concentrados. A casta Barbera é também muito utilizada na elaboração de vinhos de corte, junto com as uvas Nebbiolo ou Sangiovese, mas pode ser encontrada também em vinhos varietais.
Aqueles que apreciam vinhos menos tânicos, como Merlot ou Carmenère, não devem perder a oportunidade de conhecer o Barbera!
Confira em nosso site as opções de Barbera para não passar vontade!
abril 10, 2019
Piemonte é a segunda maior região da Itália. Referência quando se trata de vinhos, a região também é recheada de museus, castelos medievais, vinícolas e excelente gastronomia. Terra da famosa trufa branca, berço dos vinhos Barolo e Barbaresco e também conhecida pela tão amada Nutella, certamente Piemonte tem muito a nos oferecer.
Pensando nisso, criamos aqui um roteiro com dicas de hospedagem, gastronômicas e de passeios imperdíveis para se fazer em Piemonte! Prepare-se!
Onde se hospedar?
1 – Relais San Maurizio – Nota 9,3
Localizado no Patrimônio da UNESCO Langhe, ideal para explorar as vinícolas e castelos locais sem precisar se deslocar muito, o Relais San Maurizio é um antigo mosteiro do século XVII.
O hotel oferece piscinas, um spa médico especializado em recuperação de ioga, os quartos possuem ar condicionado, Wi-Fi gratuito, TV LCD e além dos itens básicos, oferecem roupões e chinelos. Além disso, o hotel também possui academia, banheira de hidromassagem e banho turco.
Um buffet de café da manhã é servido diariamente. O restaurante Guido da Costigliole conta com uma estrela Michelin e serve especialidades piemontesas no jantar. A propriedade também oferece o Truffle Bistrot, aberto no almoço e jantar.
2 - An Front – Nota 9,4
O An Front está situado centro de Barolo, ao abrir a janela você se depara com a linda vista das vinhas. Funciona em sistema de B&B, que tem como conceito a estrutura “econochic”, que foca em oferecer modernidade e serviços efetivos. São hospedagens econômicas com design e qualidade, que reúnem somente aquilo que é essencial aos hóspedes: camas confortáveis, conforto acústico e térmico, Wi-Fi rápido e um bom café da manhã.
Todos os quartos dispõem de TV de tela plana com canais via satélite, chaleira, ar-condicionado, e alguns quartos também possuem uma varanda. Todas as unidades incluem mesa de trabalho.
O café da manhã continental é servido diariamente na propriedade.
3 – La Casa Di Chloé – Nota 10
Localizada no centro de Torino, é ideal para quem está viajando de carro e quer conhecer cidades aos arredores. É um dos hotéis mais bonitos e agradáveis da região.
Também com conceito B&B, dispõe de ar-condicionado, Wi-Fi gratuito, área para refeições, cozinha com geladeira e TV de tela plana via satélite.
O hotel também oferece um buffet de café da manhã.
Onde comer?
Piazza Duomo
O único restaurante com 3 estrelas Michelin de Piemonte, é considerado uma aventura gastronômica. Ele conta com aperitivos surpreendentes e pratos deliciosamente sofisticados.
No restaurante existe também um menu al Tartufo, que consiste em um cardápio especial preparado com as famosas trufas brancas da região. O menu de trufas do Piazza é servido apenas para a mesa toda, então caso queira provar, vá com pessoas que queiram comer o mesmo que você!
Antica Corona Reale
Com 2 estrelas Michelin, o restaurante traz à tona o melhor da culinária tradicional da região de Piemonte utilizando os melhores produtos locais: caça, verduras e ervas aromáticas em receitas tradicionais, como o foie gras às peras Madernassa ou os raviólis com cogumelos. A atmosfera familiar e autêntica faz com que o lugar seja ainda mais charmoso.
Villa Crespi
Também com 2 estrelas Michelin, o Villa Crespi é o casamento entre a culinária de Nápoles e Lago Orta. Com pratos preparados somente com produtos orgânicos locais, oferece pratos tradicionais e simples, porém extremamente saborosos. É considerado uma cozinha criativa e certamente vale a pena visitar!
Onde passear?
Além da famosa rota do vinho, que já falamos nesse post aqui *inserir link* (https://www.smartbuywines.com.br/blogs/news/a-rota-do-vinho-de-piemonte), Piemonte é a região ideal para quem ama passear! Aqui listamos também algumas visitas que não podem ficar de fora dos seus planos!
Rota romântica
Caso seja uma viagem de casal, recomendamos a Rota Romântica do Langhe e Roero (Strada Romantica delle Langhe e del Roero) constituída por 11 etapas: Vezza d’Alba, Magliano Alfieri, Neive, Treiso, Trezzo Tinella, Benevello, Sinio, Cissone, Murazzano, Mombarcaro e Camerana. Nessa rota, você pode desfrutar de florestas e vinhedos, castelos e muitas tabernas e adegas.
Nèive, o vilarejo medieval
Além de possuir diversos vinhos incríveis locais, sua arquitetura e atmosfera colaboram para que você sinta como se tivesse viajado em uma máquina do tempo. Lá são produzidos quatro tipos de vinhos produzidos a partir colinas Neive: Barbera d’Alba, Dolcetto d’Alba, Barbaresco e Moscato d’Asti. Na cidade ainda tem um Castelo que é possível visitar a parte subterrânea, onde ficam guardados os vinhos de uma vinícola local.
Castelo do Marquês Falletti de Barolo – Museu do vinho
Pertencia a uma poderosa família de banqueiros e hoje é onde fica o Museu do Vinho. Lá dentro somos imersos na cultura do vinho com experiências multi-sensoriais, jogos de luz e displays de multimídia. O passeio acaba na enoteca, degustando um Barolo. Para quem gosta de seguir essa linha, existe também o Museo dei Cavatappi, ou seja, o Museu do abridor de garrafa. Ele possui uma coleção de 500 abridores de todo o mundo, desde o século XVII.
Castelo Real de Govone
É uma das residências da família real de Savoy que a UNESCO introduziu na lista do património artístico mundial em 1997. É marcado pela monumental escadaria de honra com duas rampas, suas salas, são decoradas por preciosos mapas chineses. O salão de baile é típico de filme. O castelo pode ser realmente considerado uma bela obra de arte!
Palácio de Venaria
Também uma das residências da família Savoy consideradas Patrimônio mundial da UNESCO, é provavelmente a residência mais conhecida da família fora de Turim. É um palácio gigante construído em uma propriedade de 80 hectares, criado para ser uma casa de campo. Ele é tão magnífico que é popularmente conhecido como o “Versailles do Piemonte”. Certamente é um local imperdível de ser visitado!
Sabemos que as opções turísticas de Piemonte são inesgotáveis, mas aqui ficam algumas das nossas sugestões! E vocês, já visitaram algum desses lugares que indicamos? Conta aqui pra gente nos comentários!
Aproveitem para conferir também alguns vinhos da região em nosso site!
março 11, 2019
Hoje, vamos falar sobre Toscana e seus vinhos maravilhosos conhecidos mundialmente! A região tem uma longa tradição e história com vinícolas e não é à toa que lá são produzidos alguns dos vinhos mais famosos do mundo.
A principal uva tinta da região é a Sangiovese, seguida pela Canaiolo, Prugnolo Gentile, Brunello (mais comum na região de Montalcino), Pollera Nera, Morelino di Scansano e as francesas Cabernet Sauvignon e Merlot.
Quando falamos das brancas, vemos muito a Malvasia do Chianti, Malvasia di Candia, Trebbiano, Vermentino di Luni, Ansônica e as gaulesas Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Os vinhos mais famosos de Toscana são os Chianti, Brunellos e os Bolgheri, mas existem cerca de 50 outros tipos de vinhos que são produzidos lá.
Biondi Santi
Em 1888, foi a vinícola que engarrafou o primeiro Brunello di Montalcino, considerado um dos melhores vinhos da Itália. Somente por isso, já se torna um local indispensável para visitar na sua viagem a Toscana.
A infraestrutura deles é pequena e eles produzem no máximo 90 mil garrafas no ano, mas isso não os torna menos relevante. Com o público premium consolidado, existem garrafas que podem chegar a custar até €9.000. Mas não se desespere, ali são vendidas outras garrafas ótimas que custam muito menos!
O valor do tour é € 15 e é possível degustar os vinhos Rosso di Montalcino, Brunello Vintage e Brunello Reserve.
Marchesi Antinori
A propriedade atualmente pertence a família Antinori, mas antes pertencia a família Gherardini, a qual Monalisa, a musa de Leonardo da Vinci era parte. A tradição em vinho vem desde 1404, quando o bisavô de Monalisa já cultivava as parreiras.
A infraestrutura é impressionante e a família Antinori já está relacionada a produção de vinhos há 6 séculos.
A vinícola oferece algumas opções de visita, podendo variar o preço de € 30 a € 150.
Eles produzem mais de 20 milhões de garrafas por ano e tem como seus principais rótulos populares o Péppoli, Vin Santo e Villa Antinori. Já suas garrafas premium são a Solaia e Tignanello.
Suas garrafas costumam ter um preço menos acessível, mas ainda assim vale a pena visitar a vinícola!
Badia a Passignano
Também propriedade da família Antinori, a vinícola é cercada por monumentos históricos extraordinários que devem ser visitados. Isso é ótimo porque já dá para fazer dois passeios em um só dia.
Os melhores vinhos produzidos na vinícola são o Tignanello e o Solaia, que é reconhecido mundialmente.
Lá também funciona uma escola de culinária e um restaurante, L’Osteria di Passignano, dono de estrela Michelin, e a Fonte de’ Medici, com pequeno hotel e trattoria, ambas na área de Chianti Clássico.
As visitas com degustação custam a partir de € 80 e é possível fazer aulas de culinária.
Comida boa e vinhos maravilhosos.
Essas são as nossas principais indicações, mas sabemos que a região de Toscana possui muitas outras vinícolas incríveis que devem ser conhecidas! Se você conheceu alguma que não falamos aqui, deixa um comentário contando sua experiência!
março 05, 2019
Hoje, vamos falar aqui sobre a região de Piemonte na Itália, conhecida por seus vinhos e suas trufas. Os vinhos mais famosos da região são o Barolo e o Barbaresco, mas existem muitos outros incríveis que vale a pena provar e desfrutar, como os Barbera, Freisa, Gattinara, Fara, Grignolino, Dolcetto, Ghemme.
Os vinhos Barolo e Barbaresco são provenientes da uva Nebbiolo. Enquanto o Barbaresco é mais leve, o Barolo é mais concentrado. O tempo de envelhecimento deles e teor alcóolico também são diferentes.
A região de Piemonte pode não ser tão estratégica para ser visitada em baixa temporada. Algumas vinícolas chegam a ficar cobertas de neves no inverno e muitas das principais atrações turísticas das cidades abrem apenas no verão por conta da alta temporada. Fora dela você provavelmente não conseguirá desfrutá-la em sua totalidade.
Ao longo desse post, além de mostrar as cidades chaves para conhecer e suas melhores vinícolas, também vamos dar outras dicas para que sua viagem saia da melhor maneira possível! Mas vamos ao que interessa, confira nossa seleção sobre a região de Piemonte!
BAROLO
Nada melhor do que começar falando da comuna italiana que dá o nome a um dos vinhos mais famosos da região. A cidade fica a 1 hora ao sul de Turim e é bem pequena, ela possui vilas charmosas, um castelo, belas paisagens, uma culinária incrível e é claro, muito vinho!
Lá também é possível visitar o Castello Falletti, o qual acredita-se que foi construído no século 10. Dentro dele fica o Museo del Vino – Wi-Mu, dedicado à história da vinificação da região e o topo do Castelo tem uma vista maravilhosa!
Ainda dentro do Castelo, fica a Enoteca Regionale (adega e sala de degustação). Lá você pode experimentar o vinho das onze zonas de Barolo DOCG e aprender mais detalhes sobre a região.
Dentre as vinícolas da cidade, você não pode deixar de visitar a VIETTI. Recentemente um de seus Barolos, o Riserva Villero 2007, conquistou 100 pontos da Wine Advocate/Robert Parker, que é um dos mais importantes críticos de vinhos do mundo. Apenas 3 vinícolas de Piemonte alcançaram essa pontuação, e Vietti é uma delas.
BARBARESCO
Agora vamos falar da comuna italiana Barbaresco, também localizada na província de Cuneo. Ela menor que Barolo, é uma vila de praticamente uma rua. Lá existem poucas opções turísticas, mas nem por isso menos importantes. O restaurante Antinè serve especialidades regionais e vale a pena ser visitado. Logo ao lado tem a Vineria dell’Enoteca, uma casinha onde é possível encontrar uma ótima seleção de vinhos vendidos em taça, para acompanhar são servidos queijos, embutidos e grissini. Lá também tem uma boa oferta de garrafas à venda, com safras mais antigas e exemplares raros, além de vários souveniers. Ali perto também está a Enoteca Regionale del Barbaresco, que reúne diversos produtores. É um bom lugar para procurar informações sobre as vinícolas, comprar vinhos e ainda provar alguns dos rótulos vendidos em taça.
Essa comuna é incrível pra quem deseja ver mais de perto como é a vida dos habitantes da região e conhecer o lado menos turístico de Piemonte.
Dica extra: Se você for visitar a região de Piemonte, procure alugar um carro! As cidades são próximas e o trajeto é simples. Vale muito mais a pena do que utilizar outros meios de transporte.
Espero que vocês tenham gostado do post de hoje! Lembrem-se que não é necessário ir até a Itália para provar um delicioso Barolo, você pode adquirir o seu no nosso site agora mesmo!
fevereiro 27, 2019
Os EUA são o 4º maior produtor de vinhos do mundo, ficando atrás apenas da França, Itália e Espanha. A região da Califórnia possui mais de 3.800 vinícolas e concentra as maiores e melhores do país.
Que essa região possui uma rota de vinhos incrível nós já sabemos, agora o que nós queremos mesmo falar é sobre a parcela de mulheres que têm roubado a cena nesse mercado, as grandes enólogas que vieram da Califórnia ou que foram para lá!
O livro Opus Vino classificou como notáveis 4.000 vinícolas, e descobriram que dentre as californianas, 23% delas são comandadas por mulheres. Sabemos que a grosso modo pode parecer um número baixo, mas não é. Visto que o mercado de vinhos sempre foi predominantemente masculino, esse número é bastante significativo e mostra que as mulheres estão de fato começando a ocupar lugares que antes eram completamente dominados por homens.
Pensando nisso, hoje trouxemos 3 nomes relevantes de enólogas que atuam na Califórnia ou que nasceram nessa região!
Pauline Lhote
Pauline é francesa, mas por ironia do destino acabou alavancando sua carreira como enóloga na Califórnia. Nascida na região de Champagne, fez jus ao nome da sua cidade e se tornou uma das maiores produtoras de espumantes dos EUA. Pauline cresceu em uma fazenda e se formou na universidade de Reims Champagne-Ardenne. Antes de ir para a Califórnia ela trabalhou em diversos centros vinícolas na França, como Moët & Chandon e na Nicolas Feuillatte, antes de seguir para a Domaine Chandon, em Napa Valley, em 2006. Hoje, ela lidera o time da Chandon na Califórnia e tem grande responsabilidade em todo processo de criação dos vinhos.
Ana Diogo Draper
Ana é portuguesa, mas também decidiu se aventurar pelo condado de Napa Valley. Chegou para trabalhar na Artesã Winery, onde permanece até hoje. Formada em engenharia da agricultura pela universidade de Évora, sempre se interessou muito pela produção e processo de fermentação do vinho. Apesar de ninguém da sua família ser da área ou apresentar interesse por vinhos, Ana se encantava pela sua engenharia e todo processo criativo que envolve não apenas o vinho em si, mas a sua fabricação, como suas garrafas por exemplo. 10 anos depois, em 2015, Ana foi a primeira mulher a chegar ao topo da Artesã e foi nomeada diretora da empresa. Hoje ela participa diretamente do processo de criação dos vinhos e tem seu nome conhecido em todo mundo.
Erin Miller
Enquanto Erin Miller se preparava para entrar no Peace Corps, ela fez um desvio que mudaria sua vida. “Eu estava no meu caminho para o Níger, na África Ocidental, e queria reduzir algumas dívidas de empréstimos estudantis antes de me tornar voluntária por dois anos e meio. Eu ouvi sobre um trabalho de colheita em Napa, e eu pensei, que melhor maneira de ganhar um pouco de dinheiro do que trabalhando 12 horas por dia, 6 dias por semana como um rato de colheita?" Mas ao trabalhar na colheita, Erin descobriu a pura alegria da produção de vinho, e quando voltou da África, ela juntou seu amor pela agricultura, ao ar livre e à produção de vinho, e decidiu seguir sua carreira nesta área.
Depois de completar seu mestrado em Ciências na U.C. Davis, Erin foi para a França, e trabalhou como estagiária de vinhedo e adega no Domaine de Coume delMas em Banyuls-sur-mer e depois Domaine Rene Lequin-Colin em Santenay. Na França, Erin apaixonou-se pelo conceito de “vigneron”, a ideia de que o produtor de vinhos também está intimamente envolvido no vinhedo.
Após seu retorno aos EUA em 2006, ela assumiu o cargo de Enologista Vitícola do Programa Bordeaux de Vinwood Cellars, da Kendall-Jackson, e em 2007 assumiu o cargo de enóloga na Hartford Family Winery em Forestville, CA. Em 2010, juntou-se à Provingage Wine Associates, gerenciando vinhos para quatro vinícolas de luxo e trabalhando como enóloga assistente do Oregon e enóloga da Califórnia para a Evening Land Vineyards. Cada posição proporcionou à Erin a oportunidade de trabalhar tanto nas vinhas como na adega.
Em 2014, Erin juntou-se à Twomey Cellars (mesmos donos que a Silver Oak) como Winemaker, um movimento que lhe permite continuar o seu trabalho com vinhos enquanto explora diferentes uvas entre Sonoma e Napa.
Essas são apenas algumas das muitas mulheres relevantes nesse cenário, afinal, sabemos que existem muitas outras que também estão fazendo história no mercado de vinhos.
Se você assim como nós terminou de ler esse post morrendo de vontade de degustar essas maravilhas, confira em nosso site nossos melhores vinhos e não passe vontade!
fevereiro 21, 2019
fevereiro 12, 2019
Jumilla é uma região espanhola que tem despontado nos últimos anos, produzindo alguns vinhos saborosos e frutados. Localizada no sudeste da Espanha, a área é uma das denominações mais antigas do país, tendo sido estabelecida em 1966.
Muita gente acredita que a Espanha é um país famoso, repleto de praias paradisíacas e culinária local incrivelmente saborosa, claro que não podemos negar que estas características estão corretíssimas, mas o que a maioria das pessoas não sabe, é que a riqueza vitivinícola daquele país também é importantíssima para o mundo, além de nos agraciar com produções e paisagens espetaculares. E hoje, seguindo nosso roteiro de viagens pela terra da Paella, iremos conhecer melhor a região de Jumilla, e o tão famoso processo vinícola Del Pago.
Jumilla é marcada por seu clima continental, que é suave, por conta da proximidade com o mar Mediterrâneo, porém é uma região árida e de poucas chuvas durante o ano, em períodos irregulares.
O lugar é formado por amplos vales e planícies, com altitudes variantes entre 400 e 800 m acima do nível do mar. Atualmente, a área vinícola abrange cerca de 32.000 hectares, dos quais 45% localizam-se na província de Murcia, e o restante em Albacete. Seus solos contêm calcário pardo e calcário com crosta de cal, ou seja, possuem uma grande capacidade hídrica e mediana de permeabilidade, possibilitando o cultivo das vinhas até mesmo em épocas de seca prolongada.
Os vinhos com a denominação Jumilla podem ser produzidos a partir das uvas permitidas pelo órgão regulador, como Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pedro Ximénez e Malvasia. No entanto, a casta de maior destaque e prestigio é a Monastrell, devido à alta capacidade de adaptação ao clima continental e aos solos da região.
Seus exemplares tintos, principalmente os jovens, são marcados pela forte expressão aromática, taninos vivos e coloração escura e intensa, variando desde o vermelho púrpura até tons de roxo. Jumilla produz ainda vinhos licorosos, rosés, brancos e doces, no entanto, os que recebem maior destaque na região são os tradicionais doces e os vinhos de licor, que são de dar água na boca.
Os vinhos de origem Jumilla são exemplares que alcançaram um alto nível dentro do cenário vinícola da Espanha, sendo vinhos bastante premiados em concursos nacionais e internacionais, por isso esta região é tão elegante e importante para o país.
E para entender melhor as denominações de origem do lugar, também é preciso ressaltar que lá, bem como em outras regiões importantes do país, são produzidos vinhos da classe “Vinos de Pago”, uma categoria que é dada a uma propriedade (single state), que significa que sua reputação é elevada. Para garantir esta denominação VP, as vinícolas devem usar apenas uvas de vinhedos próprios, que são exclusivamente vinificadas dentro da propriedade, além, é claro, de garantir que o envelhecimento da bebida ocorra exclusivamente no local, até sua maturação, antes de ser servido.
Viajar à Jumilla é garantia de apreciar um vinho de qualidade e desfrutar de lugares deslumbrantes e muito especiais, sem dúvida uma parada obrigatória para se conhecer na Espanha.
Até a próxima!
fevereiro 05, 2019
A tradição vinícola da Espanha é bem antiga, e vem desde o período em que os romanos dominaram a Península Ibérica, mas muito antes disso, a região já cultivava suas videiras. Existem registros que lá, se cultivam uvas, há pelo menos 6 mil anos, bastante tempo, né? Os séculos se passaram, mas o charme e a importância dos vinhos espanhóis ao redor do mundo só cresceu. Hoje, vamos conhecer um pouco das regiões de Rioja e Ribera del Duero, que são importantíssimas, charmosas e incrivelmente lindas.
La Rioja:
Além de possuir paisagens de tirar o fôlego, Rioja é uma das mais valiosas macrorregiões do país, e foi a primeira a receber o status de DOCa, em 1991. Seus vinhedos estão plantados em altitudes que variam entre 500 e 800 metros acima do nível do mar. Os solos são calcário-argilosos, com boa concentração de ferro. Rioja Alavesa fica a oeste da cidade de Logroño, na margem norte do rio Ebro. Os climas em Rioja Alta e Rioja Alavesa são bastante similares. Devido à influência do Atlântico, não ocorrem temperaturas extremas típicas de climas continentais. Já em Rioja Baja, a leste de Logroño e na margem sul do Ebro, o clima é mais continental, com verões quentes e invernos rigorosos. Os solos são bastante argilosos e chove muito pouco. A principal cepa cultivada é a Garnacha, e os vinhos da região costumam ter menor potencial de guarda do que aqueles produzidos em Rioja Alta e Rioja Alavesa.
Os produtores locais definiam seus vinhos pelo blend e pelo uso da madeira, com estágio em barrica por períodos mais longos do que os estabelecidos nacionalmente. A partir da década de 1970, eles passaram a ser produzidos com longos períodos de maceração, seguidos de estágios mais curtos em madeira. Além disso, o anteriormente mais usado carvalho americano tem sido substituído pelo francês sistematicamente.
Hoje, a tendência é produzir varietais, e mesmo vinhos feitos com uvas de vinhedo único, pois o foco tem se depositado em mostrar a personalidade da uva e do vinhedo em si, ao invés de técnicas de fazer bons blends. Riojas “mais modernos” já apresentam traços mais frutados e são mais influenciados pelas barricas de carvalho francês.
Ribera del Duero:
Esta é provavelmente a mais importante das denominações espanholas. Protegida de qualquer influência marítima por uma cadeia de montanhas. Está localizada na parte mais alta da meseta, com alguns vinhedos a 850 metros de altitude, o que garante noites frias durante o ano todo, mesmo no verão, quando a amplitude térmica pode chegar aos 20ºC. Quem muito se beneficia dessas diferenças de temperatura é a Tempranillo, vedete local, presente em blends e personagem única da maioria dos melhores tintos do lugar. A Garnacha, por sua vez, é usada principalmente nos rosés.
Nos anos 80, o potencial da região era pouco explorado, e a área era mais conhecida por seu produtor mais ilustre, Vega Sicília. A partir de novos investimentos, e do trabalho de enólogos jovens, viu-se um salto na quantidade e qualidade dos tintos lá produzidos.
Um detalhe importante é que o status DO Ribera del Duero só vale para tintos e rosados. Outro é que as castas Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot são permitidas na DO por influência do Vega Sicília, que tem vinhedos antigos dessas cepas. O clone de Tempranillo cultivado em Ribera del Duero é conhecido no local como Tinto Fino e tem as cascas mais grossas, resultando em vinhos mais tintos e com taninos mais adstringentes do que os vistos em vinhos do Rioja, por exemplo.
Duas regiões importantes para a história vitivinícola mundial, que precisam ser exploradas pelos amantes do vinho e da cultura espanhola. E caso você esteja curioso para provar estes sabores milenares, é só acessar o nosso site e conferir os rótulos especiais que preparamos para você degustar, sem sair de casa.
janeiro 22, 2019
Quem acha que verão e vinho não combinam, errou em cheio. Não é porque estamos na estação mais quente do ano, que não podemos tomar ótimos vinhos curtir uma piscina, uma festa com os amigos ou até mesmo dar aquela relaxada em casa, não é mesmo?
Para os apreciadores do vinho, não existe tempo ruim, o que a maioria não sabe é que para escolher a bebida ideal, que pode ir das opções mais leves com notas suaves, até os tintos e fortificados, é preciso combinar a ocasião e as opções de alimentos disponíveis. Quando conseguimos atingir esta harmonia, aí sim a ideia de que a bebida é ótima apenas para o frio, é esquecida com sucesso.
Pronto, agora, vamos saber quais são os tipos que combinam com a estação e como servi-los?
Vinhos Brancos e Espumantes:
Se os tintos dominam as épocas mais frias do ano, no calor é hora de aproveitar os espumantes, brancos e rosés mais ácidos, leves e refrescantes. Castas como Sauvignon Blanc, Chardonnay e Riesling são bastante indicadas pois dão origem a vinhos com menor teor alcoólico, mais secos, jovens e menos complexos, casando muito bem com pratos típicos de verão (saladas, peixes, grelhados, etc).
Estas variedades são bem servidas entre 8 e 10 graus celsius, uma vez que temperaturas inferiores podem anestesiar a boca e diminuir a capacidade de apreciação da bebida. Com isso, os exemplares mantêm melhor o aspecto frutado obtido graças ao breve envelhecimento.
Nos casos de espumante, a leveza é ainda mais acentuada devido à gaseificação. Os vinhos brancos e os espumantes podem formar a harmonização perfeita com uma das comidas mais consumidas em todas as refeições: as saladas. Seja como aperitivo, entrada ou como principal, pedir um exemplar branco para acompanhar aquela saladinha é uma ótima escolha.
Vinhos Rosé:
Os Rosés, são muito populares em países como França e Portugal, e têm sua elaboração a partir da uva tinta. Exemplares muito conhecidos são produzidos na região de Provence, na França e também no sul do Brasil, como os rótulos elaborados a partir da uva Malbec na Serra Gaúcha e em Santa Catarina.
A temperatura ideal para servir esses vinhos, que vem ganhando o coração dos brasileiros, deve ser entre 10 e 12 graus celsius. Uma boa dica é manter a garrafa na geladeira por cerca de uma hora antes do consumo.
Um bom rosé pode ser uma grande companhia para pratos mais suaves, como carne de peixe, petiscos, paella, caldeirada, arroz à marinheira e até mesmo para um piquenique.
Vinhos Tintos (Verão):
Os fãs do bom e velho vinho tinto não precisam ficar tristes, porque mesmo na estação mais quente do ano, é possível encontrar opções muito boas. É verdade que os vinhos brancos são os preferidos no verão, mas existem sim os tintos apropriados para a época.
A indicação mais básica para acertar em cheio é dar preferência aos exemplares mais jovens (prontos para o consumo de dois a quatro anos), mais frutados e, de preferência, os com menos contato com madeira. Estes são bons para o clima de verão que estamos enfrentando.
Em relação às sensações, prefira aqueles que agradem com sua cor rubi, com aromas florais e de vegetais frescos, mais ácidos e mais frescos. O teor alcoólico, o corpo e a tanicidade devem ser moderados. Quando consumidos a uma temperatura entre 13 e 15 graus celsius, não existe malefício ou perda de qualidade alguma dos rótulos tintos. Temperaturas muito abaixo dessa marca, assim como no caso dos brancos, anestesiam as papilas e fazem com que o vinho fique sem aroma e sabor.
Talvez você já saiba, mas não custa lembrar que a essa bebida não se adiciona gelo, uma vez que essa ação altera suas características e pode prejudicar a real essência ao paladar. Os vinhos tintos de verão acompanham muito bem refeições que combinam com essa época do ano, como embutidos, presuntos, rosbife, massas e queijos pouco gordurosos.
Viu como é possível não abrir mão da bebida, na estação mais quente do ano? Agora ficou fácil, acesse nosso site, escolha o seu e aproveite o calor curtindo um delicioso vinho, mas sempre com moderação, hein? Até a próxima.