novembro 14, 2022
A California é lar de alguns dos melhores Cabernets Sauvignon do mundo, com destaque para Dry Creek & Alexander Valley em Sonoma e para o Napa Valley em geral. Opulência e exuberância são adjetivos triviais para estes vinhos, porém qual a relação destas afirmações com os clones da Cabernet Sauvignon?
Primeiro vamos entender melhor o que são estes clones, usando as palavras do vinicultor de Napa Valley, John Caldwell. “Na viticultura, um clone é uma população de videiras derivada por propagação vegetativa de uma única videira, chamada de videira-mãe”, diz ele. “Todas as videiras cultivadas a partir de mudas ou brotos desta videira são geneticamente idênticas. As gerações futuras permanecerão idênticas, a menos que ocorra uma mutação espontânea, criando um broto com uma composição genética alterada”.
Você deve estar se perguntando porque tanto trabalho se no fim das contas vamos obter somente um novo vinhedo. A resposta está no início da seleção clonal que começou na Alemanha em 1926 com o objetivo de encontrar o ‘melhor material geneticamente disponível para os vinhedos’.
A definição de ‘melhor material geneticamente disponível’ para um vinhedo baseia-se em 2 necessidades. A primeira delas é a saúde da vinha. Os viticultores buscam obter diversidade sem doença. Este é o ponto central da importância dos clones. A busca por clones que atendessem esta necessidade levou o professor de viticultura e enologia da UC Davis, Dr. Harold Olmo, a formar a Associação de Certificação de Uvas da Califórnia em 1952 que visa desenvolver, manter e distribuir um estoque de videiras mais resistente às pragas comuns.
O professor do departamento de viticultura e enologia da Universidade da California, UC Davis, M. Andrew Walker, nos ajuda a compreender a segunda necessidade, obter diversidade de sabor e complexidade no produto final. Segundo ele: “Os clones não são distinguíveis uns dos outros geneticamente. Não podemos determinar distinções genéticas entre clones, apenas organolépticas.” Ou seja, clones diferentes no mesmo terroir resultarão em níveis distintos de acidez, suculência, estrutura e tanino, por exemplo.
Ainda assim, a escolha do clone é apenas uma das inúmeras decisões importantes que envolvem o plantio de um vinhedo. A ideia geral é que os produtores utilizem uma variedade de clone selecionada de forma a alcançar certa complexidade sem obscurecer o terroir. Atualmente, a utilização de clones ocorre em regiões vinícolas de todo o mundo.
Este é um perfeito exemplo da união da arte com a ciência, levando tecnologia desde das estufas experimentais nas universidades até os aromas e sabores da sua taça.
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Cheers!
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