agosto 20, 2019
OS VINHOS DE SANTA CATARINA
O clima frio, a altitude e o solo pedregoso, colaboraram para que os vinhos de Santa Catarina se destaquem no cenário brasileiro. A altitude elevada e o frio permitem que a colheita das uvas tintas seja feita em março, diferente da Serra Gaúcha que colhe em fevereiro, tornando as uvas mais estruturadas e vinhos com maior corpo e longevidade. Essa junção proporciona o terroir perfeito para que as uvas amadureçam de forma lenta e completa.
Após anos de dedicação nos vinhedos, investimentos em pesquisas e mão de obra qualificada, o estado conquistou um lugar importante quando o assunto são vinhos brasileiros de qualidade.
Em meio às belezas da região, uma grande variedade de uvas crescem espalhadas pelos vinhedos, situados entre 900 e 1.400m acima do nível do mar, garantindo um alto padrão de produção com características próprias dos terrenos de altitude.
Algumas vinícolas da região acreditaram no potencial do enoturismo e investiram em estrutura para não somente vender vinhos, mas realizar tours, visitas, receber hóspedes, etc. Propriedades incríveis, com tecnologia de ponta, alta gastronomia e hotelaria de qualidade fazem da Rota dos Vinhos de Altitude uma viagem inesquecível.
O circuito é composto por 19 vinícolas e dividido em duas regiões produtoras: o Vale do Contestado e a Serra Catarinense. A maioria das vinícolas ficam próximas umas das outras, o que facilita visitar mais de uma propriedade no mesmo dia. A Villa Francioni é uma das mais tradicionais e mais visitadas da região, ela também oferece serviços de hospedagem, possui um bistrô e até uma galeria de arte.
O estado sem dúvidas é uma grande opção para você aliar ótimos vinhos a belas paisagens dentro do seu próprio país!
Espero que tenha gostado do post e conhecer mais sobre os vinhos do Brasil. Continue acompanhando a série dos vinhos brasileiros.
agosto 12, 2019
Os vinhos brasileiros sempre foram pouco valorizados e muito longe do padrão de ernacional. A boa notícia é que essa realidade tem mudado bruscamente!
agosto 05, 2019
OS VINHOS DO ESTADO DO OREGON
Para os amantes de vinho, é impossível falar do Oregon e não lembrar do Oregon Pinot Noir.
O estado pode ser considerado um verdadeiro paraíso quando o assunto é vinho, e a verdade é que os vinhos do Oregon devem tudo a sua geografia excepcional. Desde as chuvas nas encostas no noroeste, até os altos desertos no leste, e o sul fértil e ensolarado. Essa grande variedade acrescenta muito a indústria do vinho.
Cerca de 400 vinícolas estão operando no Oregon, sendo aproximadamente metade delas localizadas no Vale do Willamette. As cinco principais variedades cultivadas incluem Pinot Noir, Pinot Gris, Chardonnay, Riesling e Cabernet Sauvignon. Oregon ocupa o terceiro lugar nos Estados Unidos, ficando atrás apenas da Califórnia e de Washington, em número de vinícolas. As vendas atingem 1,7 milhão de caixas.
À medida que a indústria vinícola do Oregon continua amadurecendo, os enólogos aventureiros estão se expandindo para áreas menos conhecidas, como a Columbia River Gorge. O Vale Umpqua, no sul do Oregon, é uma das regiões vinícolas de maior crescimento no estado. Os turistas vêm de quase todos os cantos do globo para apreciar a beleza natural intocada de suas costas rochosas, florestas densamente arborizadas e picos cobertos de neve, mas o turismo do vinho é a maior razão para as visitas ao estado.
Agora, que já falamos do estado, chegou a hora de falar de vinho! Vem com a gente ler sobre as características dos principais vinhos produzidos no Oregon:
Pinot Noir
O vinho mais importante do Oregon é muito diferente dos seus vizinhos californianos. Os vinhos tendem a ser mais leves, com sabores picantes de frutas vermelhas, pimenta-da-jamaica e notas terrosas do chão da floresta.
Pinot Gris
Embora a Pinot Gris seja a segunda variedade mais plantada no Oregon, ela pode ser a mais subestimada. Os Pinot Gris do Oregon são surpreendentemente ricos e um tanto esfumados, com sabores brancos de pêssego e de limão. O estilo pode ser comparado aos que vêm da Alemanha ou da Nova Zelândia.
Chardonnay
O Chardonnay do Oregon chama bastante a atenção internacional por causa de sua semelhança com o branco Borgonha. O clima mais frio confere aos vinhos um corpo mais leve, com frutas magras, notas mais finas e maior acidez.
Riesling
Não há muito Riesling no estado, o que é uma pena, pois quando bem feito, esses vinhos são bastante semelhantes em sabor e estilo do Riesling de Pfalz na Alemanha. Alguns produtores estão experimentando estilos mais secos e tem sido um grande sucesso.
Cabernet Sauvignon
Pela diferença de clima e solo dentro do próprio estado, o Cabernet Sauvignon pode variar muito de região para região. Assim, variedades como Cabernet Franc e Syrah estão se tornando cada vez mais populares.
Tempranillo
Embora as plantações de Tempranillo sejam incrivelmente raras no Oregon, esse potencial de viticultura cresceu na região sul. O clima parece ser surpreendentemente parecido com Rioja Alta, produzindo vinhos com sabores elegantes, com notas de cereja, amora e couro.
Agora que já lemos o suficiente para ficar com água na boca, que tal um vinho para relaxar? Temos um Pinot Noir do Oregon incrível em nosso site! Corre para não passar vontade!
*Crédito ao livro Wine Folly.
julho 30, 2019 1 Comentário
A PRODUÇÃO DE UVAS NO ESTADO DO TEXAS
Embora o estado do Texas não seja muito citado quando o assunto é vinho, ele é o terceiro maior produtor de uvas do país! Ali as uvas cresceram naturalmente ao longo de rios e riachos por milhares de anos e muitas uvas geneticamente únicas foram identificadas como nativas da região.
Basta visitar o estado para perceber quão abundantes são as uvas ali. A maior parte do Texas tem como plano de fundo videiras nativas. Estas espécies nativas desempenharam um papel importante no fornecimento de resistência genética para porta-enxertos de uva utilizados em todo o mundo. Porém, embora a produção de uvas seja um sucesso no estado, o cultivo de vinho era muito difícil por ali.
Por inúmeros problemas climáticos e com pragas, a indústria vinícola do Texas só começou em escala comercial no final dos anos 70. Com uma grande revolução do vinho acontecendo em todo o mundo, vinhedos foram plantados em diversas partes dos Estados Unidos, inclusive no Texas. Por volta de 1975, as áreas de interesse se desenvolveram em Lubbock, Fredericksburg, Fort Worth e Fort Stockton e continuam até hoje abrigando grandes vinícolas.A área de Lubbock se desenvolveu como maior produtora de uvas do Texas. A região é privilegiada porque é livre de diversos empecilhos para cultivo e possui o melhor solo do mundo. Além disso, lá as noites são frescas, o que ajuda muito a aumentar a qualidade dos frutos. As uvas cultivadas ali são a Riesling e Chardonnay, ao norte de Plainview, e Sauvignon Blanc e Zinfandel ligeiramente ao norte de Lubbock. Cabernet Sauvignon, Merlot, Chenin Blanc e Muscat Canelli são cultivadas ao sul de Lubbock.
No extremo-oeste do estado, o vinhedo Genevieve de 1.000 acres, pertencente ao Departamento de Terras da Universidade do Texas, domina a área. A Sauvignon Blanc, Chardonnay, Chenin Blanc, Ruby Cabernet e a Zinfandel geram grandes produções de frutas de alta qualidade. O clima seco, solo fértil e os invernos suaves são positivos para a área. A produção é muito boa, possui um crescimento vigoroso da videira e as uvas geram excelentes vinhos.
A região montanhosa, ao norte de Fredericksburg para San Saba, é repleta de colinas de calcário e riachos imaculados.Com aproximadamente 600 acres de vinhedos, possui excelente solo e clima. O local se tornou uma região popular quando se trata de vinícolas, mas uma curiosidade é que Hill Country também é muito conhecido pela produção de pêssegos!
Já em Madeira West Cross, região centro-norte do Texas, existem aproximadamente 250 acres de uvas com um grande número de vinhedos e vinícolas menores. O clima é tipicamente seco e a área tem uma grande variedade de solos, sendo alguns profundos e bem drenados, excelentes para a produção de uvas. Existem seis tipos básicos de uvas cultivadas no Texas, mas indústria do vinho ali é 99% Vitis vinifera. Estas são as uvas de vinho clássicas da Europa, que também são cultivadas na Califórnia, e todas as outras grandes regiões vinícolas do mundo. Antes da nova indústria do vinho do Texas, a maioria dos vinhedos eram pequenos e para uso doméstico ou local. Eles plantavam uvas americanas resistentes ao frio, doenças e insetos. Isso incluiu centenas de variedades, no entanto, as mais comuns eram as Munson; Beacon, Carman, Champanel e Ellen Scott, Cynthiana do Arkansas, Vitis Bourquiniana, LeNoir, Hebemont e Favorite. Atualmente, com o aumento da tecnologia e a chegada de novas técnicas, as plantações do Texas expandiram e não ficam mais a mercê das dificuldades locais. Quem diria que um estado onde existia tantos impedimentos se tornaria o terceiro maior produtor de uvas do país? E nós comemoramos essa evolução, pois certamente muitos dos vinhos americanos que apreciamos, são feitos com uvas diretamente do Texas!
Credito a publicações de Jancis Robinson.
julho 20, 2019
O EFEITO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO MUNDO DO VINHO
Você já parou para refletir qual será o impacto das mudanças climáticas para a indústria do vinho? Alguns cientistas acreditam que o aumento da temperatura faz parte de um ciclo e que em breve elas voltarão a baixar. Desses, alguns acreditam até que isso pode acontecer de maneira tão brusca a ponto de vivermos uma mini era do gelo, semelhante à de 1660 a 1830.
Em contrapartida, muitos outros cientistas acreditam que a ameaça do aquecimento global é real e bate a nossa porta. O aquecimento global é uma teoria que diz que por conta da grande poluição industrial o planeta tem se aquecido rapidamente e além do normal. Alguns estimam um aumento de temperatura média entre 0,3°C e 1,7°C até 2030 e de 0,8°C a 5,2°C até 2070.
A realidade é que ambas as teorias são assustadoras. E diante desse cenário, paramos para nos perguntar: e a indústria do vinho, como ficará?
O que podemos afirmar é: existirão mudanças positivas e negativas e falaremos disso nesse post!
Mudanças na fisiologia da videira
Apesar da vinha ser uma planta extremamente resistente, capaz de suportar temperaturas de -20°C até 40°C, é inevitável haver uma mudança na sua fisiologia especialmente com o aumento da temperatura. A vinha conseguirá sobreviver fechando seus estômatos (estruturas celulares que realizam as trocas gasosas entre as plantas e o meio ambiente). Isso resultará em um processo respiratório mais eficiente, diminuindo a quantidade de água necessária para a vinha. Acredita-se que quanto maior o aquecimento, maior a mudança na fisiologia. Agora na prática, no que isso resultará? Em vinhos com maior teor alcoólico, com fenóis mais maduros, ou sabor herbáceos maiores se colhidos precocemente para evitar o aumento do teor alcoólico.
Novas regiões poderão surgir para o mundo do vinho
As regiões mais frias seriam beneficiadas com o aumento da temperatura e alguns locais que não são aptos para plantio hoje por conta do frio, futuramente seriam, criando novas áreas para a viticultura.
Mudança do ciclo anual da videira
Outra mudança iminente seria o ciclo anual da videira, pois o aumento da temperatura faria com que os brotos surjissem mais cedo, fazendo com que a floração e maturação fossem precoces. Isso beneficiaria regiões como Bordeaux e Loire, pois possibilitaria que a colheita acontecesse antes das chuvas de outono.
Secas e erosão
O clima em geral ficaria mais tropical, com períodos maiores de seca e aumento exponencial de chuvas. As secas poderiam acarretar numa grande falta de água e isso seria um problema para diversas regiões. As chuvas poderiam trazer ameaça de erosão do solo e isso seria uma ameaça para vinhas localizadas em encostas.
Uvas com menor acidez
O aumento da temperatura especialmente durante a noite, deixaria as uvas com menores níveis de acidez. Caso o produtor quisesse evitar isto, teria que escolher a dedo quais castas plantar, como a Tempranillo que retém maior acidez mesmo em climas mais quentes. Outra opção também seria acidificar o mosto.
Vinhos mais alcoólicos
Como vimos anteriormente, com as mudanças na fisiologia da uva os vinhos teriam um aumento do teor alcoólico. Uma opção para encontrar o equilíbrio seria utilizar leveduras que são menos eficazes na conversão do álcool. O produtor poderia também optar por algumas técnicas como a osmose reversa ou colunas de destilação em cone rotativo.
Alguns estilos de vinhos serão mais difíceis de serem produzidos
O Kabinnet ou Eiswein se tornariam mais raros. O aquecimento global aumentaria o nível dos oceanos, impactando regiões próximas ao mar, como o leste da Australia e Pays Nantais na França. Já lugares como Colares em Portugal poderiam sofrer uma extinção total das vinhas plantadas em regiões baixas.
Mudanças nos vinhos já existentes
Alguns vinhos correriam o risco de serem extintos e outros que sobrevivessem poderiam sofrer grandes alterações. O aumento da temperatura resultaria em vinhos mais ricos, completos e alcoólicos. O Chablis poderia se parecer mais com um Chardonnay de Maconnais. O Muscadet poderia se tornar mais rico, frutado e menos ácido. Atualmente os vinhos de safras mais quentes são mais caros, no futuro, os vinhos de safras frias se tornariam mais valorizados.
Alteração no mercado consumidor
Com o clima mais quente, o publico consumidor tenderia a optar por vinhos brancos e rosados, aumentando significativamente essa demanda.
O que precisamos ter em mente é que assim como as mudanças climáticas afetariam e modificariam muitas coisas no mundo, a indústria do vinho seria uma delas. Nos resta fazer a nossa parte, colaborar com a terra como pudermos, aproveitarmos hoje aquilo que temos a nossa disposição e manter a esperança de que estas previsões não se realizem por completo.
Por enquanto, e acreditando que as mudanças virão aos poucos e teremos tempo para nos adaptar e preservar o que gostamos, vamos desfrutar de bons vinhos pois a vida corre!
julho 12, 2019
A BIOLOGIA DO OLFATO
Já notou que quando ficamos gripados e com o nariz entupido, os alimentos perdem o sabor? Isso acontece porque o olfato tem uma função muito importante no paladar. Quando mastigamos sentimos o gosto e o cheiro ao mesmo tempo e esse trabalho conjunto envia informações para o cérebro.
Estima-se que os seres humanos podem detectar cerca de 10.000 combinações de cheiros e odores, mas apenas quatro ou cinco sabores básicos - amargo, azedo, doce, salgado e umami. Desses sabores, apenas doçura, acidez e ocasionalmente amargura se aplicam à degustação de vinhos.
Para entender um pouco melhor esse processo, dividimos em fases tudo que acontece quando saboreamos algo! O Aroma é determinado pelos compostos voláteis de alimentos e bebidas percebidos pelo nariz via retronasal; o Gosto é um conjunto de sensações relacionadas ao paladar (para analisar somente este elemento, aperte o nariz enquanto degusta determinado alimento); o Sabor trata-se de sensações mais complexas, que associam a estimulação dos gomos gustativos e células receptoras olfativas. Envolve os elementos tácteis e térmicos da língua e da cavidade oral; o Flavour é a junção de pelo menos dois fenômenos: o gosto e o aroma; o Odor é o conjunto de sensações olfativas devido às substâncias voláteis dos alimentos que entram no nariz através das fossas nasais.
Agora duas curiosidades:
1 – É comprovado que mulheres tem vantagens sobre os homens em perceber e identificar cheiros ao longo de seu ciclo de vida. Não se sabe por quê, mas teorias afirmam que pela enorme responsabilidade de conceber e criar os filhos, um senso aguçado de cheiro evoluiu como uma ajuda para tudo, desde escolher um parceiro para cuidar de uma família até que comida servir quando um filho está doente.
2 - Existem pouquíssimos alimentos que permitem uma distinção clara entre odor e sabor.
Agora voltando ao foco, com tudo isso, pesquisadores concluiram que o gosto raramente funciona sozinho - como os degustadores de vinhos já diziam há séculos – agora temos evidências científicas que comprovam que a ação de saborear algo é dupla. Muitas vezes cheiramos inalando pelo nariz e pela boca, aumentando a complexidade do cheiro, que por sua vez podem atingir os receptores olfativos por dois caminhos:
Estimulação ortonasal: compostos odoríferos (odores) atingem o bulbo olfatório através das narinas externas ou narinas.
Estimulação retronasal: os compostos odoríferos atingem o bulbo olfatório através das narinas internas, localizadas dentro da boca (trato respiratório na parte posterior da garganta). É por isso que, mesmo que você aperte o nariz, ao inalar um queijo forte pela boca, ainda consegue sentir o seu cheiro. Moléculas que estimulam os receptores olfativos flutuam pela boca, pelas narinas internas e estimulam os neurônios no bulbo olfatório.
Como nós provamos
Assim como o cheiro, o gosto pertence ao nosso sistema de detecção química. Estruturas especiais chamadas papilas gustativas detectam sabor, e temos em média, entre 5.000 e 10.000 delas, principalmente na língua, mas algumas na parte de trás da garganta e no palato. As papilas gustativas são as únicas células sensoriais substituídas regularmente ao longo da vida de uma pessoa. A regeneração total ocorre aproximadamente a cada dez dias. Os cientistas estão examinando esse fenômeno na esperança de descobrir maneiras de replicar o processo para induzir a regeneração em células nervosas e sensoriais danificadas. Agrupados em cada botão gustativo, os receptores gustativos assim como os receptores olfativos, detectam tipos específicos de substâncias químicas dissolvidas. Tudo o que comemos e bebemos deve ser dissolvido - geralmente pela saliva - para que os receptores gustativos identifiquem o sabor. Uma vez dissolvidos, esses receptores traduzem a estrutura química dos alimentos e convertem essas informações em sinais elétricos. Estes sinais elétricos viajam pelo nariz através dos nervos faciais e do glossofaríngeo, finalmente chegando ao cérebro, onde são decodificados e identificados como um gosto específico.
Onde sentimos o gosto
Os antigos modelos de mapa de sabores indicavam que cada região da língua era capaz de distinguir um tipo de sabor, mas estudos recentes comprovaram que isso é um mito, pois os receptores que sentem os gostos doces, salgados, azedos, amargos ou umami estão espalhados por todas as partes da língua.
Quando falamos de vinhos, é importante deixar o vinho arejar para que ele liberte mais aromas e intensifique o sabor. Ao degustar isso também faz a diferença! Permita que o vinho role sobre a língua e permaneça um pouco ali. Este processo espalha o vinho através de uma ampla gama de receptores gustativos e dá-lhes mais tempo para analisar o seu sabor. Um bom vinho revelará impressões iniciais, intermediárias e duradouras, que são determinadas em grande parte pelo aroma e pelo paladar.
Sensação na boca
Esses sentimentos são caracterizados por sensações que encantam, picam e/ou machucam a nossa língua, lábios e bochechas, e que muitas vezes permanecem na boca após engolir ou cuspir. Eles podem variar desde o formigamento picante de bolhas de champanhe até a adstringência dos taninos; da expansividade fria do mentol ao calor de um vermelho alcoolico, da doçura enjoativa de um branco de baixa acidez ao revestimento aveludado de um rico Rhône. A sensação física do vinho também é importante para a sensação na boca e inclui: corpo, que pode ser magro ou cheio; peso, podendo ser leve ou pesado; e textura, que pode ser austera, sedosa, untuosa e mastigável. Cada uma dessas sensações contribui para o equilíbrio global dos vinhos. Mais do que apenas impressões, essas qualidades podem desencadear uma resposta física - secagem, franzimento e salivação – por isso alguns vinhos literalmente ficam dançando em nossa língua e agarram-se aos nossos dentes.
Salivação
A saliva é fundamental não apenas para a digestão dos alimentos e para a manutenção da higiene bucal, mas também para o sabor. A saliva dissolve estímulos gustativos, permitindo que sua química atinja as células receptoras gustativas. Quando dizem que devemos mastigar a comida lentamente para desfrutarmos mais da refeição é a pura verdade. Levar mais tempo para mastigar alimentos e saborear bebidas permite que mais de seus componentes químicos se dissolvam e mais aromas sejam liberados. Esse resultado fornece mais material para os receptores gustativos e olfativos analisarem, enviando dados mais complexos para o cérebro, o que aumenta a nossa percepção. Assim gosto e cheiro se intensificam.
Enquanto a maioria das nossas papilas gustativas estão localizadas na boca, também temos milhares de terminações nervosas adicionais - especialmente nas superfícies epiteliais úmidas da garganta, nariz e olhos - que percebem a textura, a temperatura e avaliam uma variedade de fatores, reconhecendo sensações, como o formigamento do enxofre, o frescor do hortelã e o ardor da pimenta.
Quanta coisa não? Um processo aparentemente tão simples e tão automático para nós, envolve muito mais coisas do que imaginamos! Agora, que tal colocar todos seus receptores para funcionar e degustar um saboroso vinho?
Em nosso site temos diversas opções que te deixarão literalmente com água na boca!
julho 03, 2019
O ENÓLOGO MARK AUBERT - Wine Spectator review
Conhecido como o mestre dos Chardonnay, Mark Aubert é um enólogo famoso mundialmente pela qualidade excepcional dos vinhos que produz.
Embora nativo de Napa Valley, os vinhos brancos da Borgonha inspiraram a busca de Aubert como produtor de vinho. Sua garrafa epifania foi Comtes Lafon Montrachet 1990, um vinho feito por um dos melhores produtores da Borgonha e proveniente de um dos melhores vinhedos da região. Nos últimos 20 anos, Aubert implementou estratégias implacáveis para realizar seu objetivo final que era tornar o Chardonnay um tradicional vinho californiano. E convenhamos que ele vem cumprindo essa missão com êxito.
Para quem nunca ouviu falar de Mark Aubert, ele trabalhou com alguns dos melhores vinhedos e vinícolas de Napa e Sonoma, incluindo Peter Michael, Colgin, Monticello e Rutherford Hill.
Ele também é consultado por grandes marcas como Futo, Bryant e Sloan. Nas vinícolas de Peter Michael e Colgin, ele assumiu as rédeas de vinificação do guru de vinhos cult da Califórnia, Helen Turley de Marcassin. Para os seus próprios vinhos, Aubert adaptou a abordagem da Turley ao cultivo de uvas e à produção de vinho, o que, segundo ele, envolve uma atenção assídua na colheita de uvas com a maior concentração de sabor, o que significa baixos rendimentos.
Aubert utiliza 9 vinhedos nas denominações de Russian River Valley e de Sonoma Coast, além de Carneros e Rutherford em Napa. Três destes vinhedos são de sua propriedade e outros seis vendem uvas para Mark sob contrato de longo prazo.
Entre suas propriedades, Mark tem o vinhedo Lauren como um dos seus preferidos por ter sido o primeiro que ele e sua esposa plantaram e posteriormente compraram em 2000. Tamanha a paixão pela propriedade que sua filha foi batizada com o mesmo nome.
Localizado perto da pequena cidade de Forestville, perto de Russian River, o vinhedo de 8 acres é o que Aubert considera seu ponto de encontro pessoal. Os solos, chamados de Gold Ridge, são uma mistura de areia e argila com alta mineralidade natural, podendo ser considerado um verdadeiro sonho para enólogos.
A Lauren de 2014 (93 pontos, US $ 95) revela a assinatura da vinícola de Aubert: opulenta e rica mas elegante e graciosa. Foi 100% fermentado em barril com leveduras nativas e envelhecido principalmente em carvalho francês novo.
Aubert é considerado um self-made man. Em uma região dominada por entidades corporativas, viticultores multimilionários e egos insaciáveis, ele transmite uma intensidade que desafiaria alguém com metade da sua idade. Aubert chama seus Chardonnays de hedonistas: seus vinhos são maduros e encorpados com cerca de 15% de teor alcoólico. Eles são polidos e opulentos, mantendo-se fiéis à sua origem na Califórnia, com frutas brancas vibrantes e sabores cítricos.
Mark é um amante nato do Chardonnay e seu sucesso deve-se a habilidade de obter sabores diferenciados e que agradam ao público consumidor. Segundo ele mesmo, seu maior dom é criar aquilo que as pessoas parecem sentir falta e não encontram com facilidade. E nós temos que concordar, não é mesmo?
Quem nunca provou um Chardonnay da Califórnia, tem que colocar na sua lista pois vale a pena. Veja as opções na nossa loja. Cheers e até a próxima!
Obs: Crédito para WineSpectator magazine
junho 24, 2019
A HISTÓRIA DOS CHARDONNAYS DA CALIFÓRNIA
A casta Chardonnay é nada menos que o cruzamento das espécies de uvas Gouais e Pinot Blanc. Apesar de ser majoritariamente conhecida pelos seus vinhos brancos, essa uva também produz outros diversos tipos de vinhos.
A Chardonnay dá origem a vinhos ricos em aromas e sabores. Quando exposta a climas frios evidencia frutas cítricas. Já em climas quentes, traz a tona o gosto tropical.
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A Chardonnay é uma uva de grande maleabilidade, podendo ter uma gama enorme de sabores, acidez, notas e aromas dependendo do Terroir onde é plantada (entenda-se Terroir como a soma da localização do vinhedo, o solo e o clima ).
Mas por que falar sobre Terroir é tão importante? Porque isso significa que a Chardonnay pode ser completamente diferente dependendo da região que foi produzida. Por exemplo, os Chardonnays da California são tradicionalmente armazenados em barricas de madeira, o que resulta num vinho mais encorpado e teor alcoólico mais elevado devido as temperaturas da California. Também carregam notas de madeira, nozes e são levemente amanteigados pelo uso de barris de carvalho e possuem acidez menor em função do clima.
O clima da Califórnia é quase perfeito para a produção de vinhos feitos com a uva Chardonnay. A luz do sol proporciona um crescimento consistente as uvas, a diversidade do solo suporta uma enorme variedade de castas e também acrescenta uma explosão de sabores ao produto final. As encostas do litoral, como na região de Mendocino e até mais para dentro como Carneros, expõem os vinhedos a um vento arejado que funciona como um ar condicionado natural, criando o ambiente perfeito especialmente para a produção da uva Chardonnay.
E como sabemos, aliando a região as mentes criativas dos enólogos americanos, resultou em um grande legado e reconhecimento mundial. Esse reconhecimento internacional escalou após o Julgamento de Paris em 1976, quando os vinhos americanos ganharam dos franceses numa degustação as cegas. Para movimentar o seu negócio, o sommelier inglês Steven Spurrier criou esta degustação as cegas pensando em colocar os californianos no seu devido lugar.
O que ninguém esperava era o resultado disso: os vinhos californianos bateram primeiro lugar, tanto na degustação de tintos quanto de brancos, deixando para traz os tradicionais Bordeaux franceses e os brancos da Borgonha. Realmente foi uma grande surpresa para todos! O fato foi tão curioso que virou até filme!
Uma das vinícolas participantes do Julgamento de Paris foi a Chateau Montelena, hoje reconhecida pelo Registro Nacional de Locais Históricos dos Estados Unidos. Foi nela que foi produzido o Chardonnay que participou da degustação as cegas e saiu vencedor sobre 4 rótulos brancos da Borgonha e outros 5 da própria Califórnia, o famoso Chateau Montelena Chardonnay!
junho 10, 2019
O conceito de wine food pairing consiste basicamente na arte de harmonizar vinhos e alimentos. Para isso, existem duas metodologias que podem ser seguidas: congruência e contraste.
Chamamos de congruência quando usamos um vinho para destacar, balancear e ampliar o sabor de um alimento. Alguns exemplos são: pipoca amanteigada com um Chardonnay com passagem em madeira, carne de porco com um Zinfandel e salada de pepino com Sauvignon Blanc. Aqui os vinhos e os alimentos compartilham muitos componentes em comum.
Já o contraste se trata de utilizar um vinho com características distintas do alimento, assim ressaltando as diferenças entre eles. Alguns exemplos são: queijo azul e Vinho do Porto, risoto de cogumelos com um Nebbiolo, macarrão com queijo e prosecco. Aqui os vinhos e os alimentos compartilham poucos ou nenhum componente em comum.
Agora, falando um pouco mais da harmonização na prática, vamos trazer aqui algumas sugestões para que você embarque nessa deliciosa jornada e descubra quais são as suas preferências!
1 – Prove um vinho mais ácido do que o seu prato escolhido
2 – Prove um vinho mais doce do que o seu prato escolhido
3 – Prove um vinho da mesma intensidade que o seu prato escolhido
4 – Vinhos com taninos altos balanceiam comidas gordurosas e ricas em óleos
5 – Vinhos doces suavizam comidas apimentadas
Agora que já demos algumas dicas primordiais a respeito de wine food pairing, não poderíamos finalizar esse post de outra maneira, se não com uma receita maravilhosa para harmonizar com um Cabernet Sauvignon!
Tente você replicar esta receita!
Receita – Filé mignon ao molho madeira
Ingredientes:
- 400g de filé mignon
- ½ colher de sopa de manteiga
- ½ cebola picada
- 1 dente de alho picado
- ½ cenoura
- 1 folha de louro
- ½ falho de salsão picado
- ½ copo de vinho tinto seco
- 1 colher de sopa de molho inglês
- 100 gramas de cogumelos champignon
- Sal a gosto
Começando pelo molho, em uma panela, coloque a manteiga, a cebola picada, o alho picado, a cenoura picada, a folha de louro e o salsão picado e frite até tudo ficar dourado.
Adicione o molho inglês e o vinho e cozinhe em fogo baixo por cerca de 1h até o molho ficar bem escuro. Se secar, adicione um pouco mais de molho inglês e vinho.
Quando o molho estiver reduzido, retire da panela e bata no liquidificador. Devolva o molho para a panela e deixe engrossar por mais alguns minutos, desligue a chama e reserve.
Fatie a carne em bifes de dois dedos, tempere com sal e pimenta a gosto. Use um pouco de azeite de oliva para besuntar os bifes de filé mignon enquanto uma frigideira esquenta em fogo bem alto.
Quando você ver um pouco de fumaça saindo da frigideira, leve os bifes de filé mignon ao fogo. Frite dos dois lados deixando a carne no ponto desejado, enquanto isso, fatie o champignon.
Quando os bifes de filé mignon estiverem prontos, adicione o molho, o champignon fatiado e deixe esquentar. Essa receita pode ser servida com arroz, batatas ao forno ou macarrão com molho branco.
Agora é só pegar o seu Cabernet Sauvignon e ter uma refeição maravilhosa! Em nosso site temos diversas opções que certamente te agradarão! Corre lá e aproveita pra já deixar marcada a data desse jantar especial!
ps: credito da foto para Missouriwine.org e Ferrari-Carano; conteúdo crédito para Wine Folly and K Zraly
junho 06, 2019
Região Alentejo
Responsável por 50% de todo vinho produzido em Portugal, a região de Alentejo possui 500 mil habitantes e é incrivelmente linda. Com 2 cidades classificadas pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade (Évora e Elvas) e inúmeros pontos históricos e culturais, pode ser o roteiro ideal para os amantes de vinhos e bons passeios.
Recheada de vinícolas, castelos medievais, campos de girassóis, rebanhos de ovelhas e muita comida boa, a região de Alentejo pode ser uma ótima opção para você que planeja conhecer Portugal em sua essência.
Se você irá para a região, evite o período de inverno, pois você não conhecerá o máximo potencial de beleza do local. Os meses mais floridos são abril, maio e junho. Julho e agosto são os meses mais verdes e quentes. Setembro é época para vindima, possuindo muitas programações especiais nas vinícolas.
Os vinhos alentejanos possuem características distintas e únicas devido a variedade de solos (graníticos, calcários, mediterrânicos ou xistosos), a grande exposição solar por um longo tempo e seu conjunto de castas selecionadas. Os vinhos brancos são aromáticos, harmoniosos e frescos. Os tintos são mais intensos, encorpados e macios.
Se você chegou até aqui e já está começando a pensar em Alentejo como um possível roteiro, separamos 4 vinícolas que na verdade são um passeio completo cultural e histórico para você enriquecer sua experiência!
Cortes de Cima
Muito conhecida pelo Concerto de Verão, que acontece entre o fim de maio e início de junho, a vinícola já recebeu músicos e interpretes da Royal Copenhagen Opera, Fynske Opera e cada ano possui uma nova surpresa. Algumas vezes os músicos se apresentam em meio aos vinhedos e é realmente proporcionado uma experiencia única. Além de música erudita, ocorre degustação de todos os vinhos e um jantar. Tirando esse evento, em dias normais a vinícola também realiza degustações e tours.
Herdade do Mouchão
Ao entrar na vinícola você se sente transportado para o século passado. Ali é tudo tradicionalmente mantido desde 1901, fazendo com que realmente você se sinta em um túnel do tempo. A vinícola é um dos maiores símbolos da vitivinicultura alentejana. Com nove lagares de pedra, caves revestidas de grossas paredes que guardam tonéis de até 5.500 litros, o lugar faz a visita valer a pena. Só não esqueça que é necessário agendamento prévio.
Dona Maria (Quinta do Carmo)
Um palacete típico do século 18, revestido de mármore e azulejos. Além de vinícola, possui um jardim e até uma capela datada de 1752. Especula-se que o palácio foi um presente do rei Dom João para sua amante, a cortesã Dona Maria. Durante a visita, toda história é contada! Esse é realmente um passeio imperdível que une perfeitamente vinhos maravilhosos e muita bagagem cultural. É necessário agendamento prévio e além da degustação também é possível almoçar no local.
Herdade do Esporão
Além de vinícola, ali também se produz azeite. O local possui um conjunto de construções históricas, formado pela Torre do Esporão (estampada nos rótulos dos vinhos que produz), a Capela de Nossa Senhora dos Remédios e um museu arqueológico. Você pode visitar esses pontos históricos, fazer um tour guiado à adega e à cave, degustar os vinhos ali produzidos, almoçar no restaurante Esporão ou até fazer um piquenique em meio ao vinhedo! Realmente uma experiencia personalizada e única!
Esperamos que vocês tenham gostado das nossas dicas de hoje! E enquanto você ainda não está em Portugal, que tal se deliciar com os melhores vinhos portugueses que temos em nosso site? Corre lá para não passar vontade!
ps: credito da foto para portugalcycling.com
maio 20, 2019
Roteiro enogastronômico região de Douro e Alentejo
Muitas vezes quando pensamos em vinho, pensamos em comida. Bons vinhos podem encher nossos dias de alegria, mas quando aliados a uma boa gastronomia, tudo fica muito melhor!
Pensando nisso, montamos um roteiro enogastronomico com quatro restaurantes imperdíveis em Douro e Alentejo para tornar sua experiencia ainda mais saborosa!
Douro
Restaurante de Tormes: Localizado na Fundação Eça de Queiroz, o restaurante tem como sua principal missão dar vida aos pratos tão bem descrevidos por Eça de Queiroz em suas diversas obras, como a canja de galinha, o frango alourado com arroz de favas, o creme queimado entre outros. Seu menu é requintado e de muito bom gosto. Na entrada, impossível deixar de lado os bolinhos de bacalhau. Já como prato principal, recomendamos fortemente o frango alourado com arroz de favas ou o bacalhau assado ao forno. O vinho verde de Tormes é o mais pedido para acompanhar esses pratos.
Para o passeio ficar ainda melhor, aproveite para conhecer a fundação Eça de Queiroz!
Castas e Pratos: Um restaurante de arquitetura incrível, muito bem frequentado e com excelente atendimento. Mas tudo isso não é nada perto dos seus pratos deliciosos. O restaurante oferece um menu com vinho ao copo, sendo possível experimentar diversos sabores do Douro Vinhateiro. Os pratos mais aclamados são o bacalhau em crosta de amêndoa com purê de gambas e o leitão com purê de berinjela. Já quando falamos de sobremesa, não deixe de experimentar o mousse de laranja acompanhado de um bom vinho do Porto!
Alentejo
Tasquinha do Oliveira: O restaurante é super disputado e exclusivo. Com apenas cinco mesas de dois lugares cada, o lugar atende apenas 10 clientes por noite e tem o atendimento impecável como um grande diferencial. A variedade de entradas é enorme e poderiam todas elas serem servidas como pratos principais, recomendamos o caranguejo fresco e ovo verde empanado com atum. Os três pratos mais tradicionais do restaurante são um suflê de camarão, bacalhau à tasquinha com natas e arroz de pato com linguiças. Para o suflê e o bacalhau recomendamos pedir um vinho branco alentejano delicado e pouco concentrado. Já para o arroz de pato com linguiças, um vinho do Porto. Já para sobremesa, não deixe de experimentar a encharcada do convento Santa Clara (doce de gema com canela).
Herdade do Sobroso: Nas margens do Rio Guadiana, além de restaurante possui um hotel, diversas atividades como passeio de balão, pesca, passeio a cavalo, safari fotográficos e winetour com provas de vinhos e queijos tradicionais de Alentejo. Com entradas típicas alentejanas, seus pratos mais recomendados são o lombinho de javali com aspargos verdes, sopa de cação com ovo escalfado e porco preto em vinho tinto e mel. Tudo isso acompanhado dos vinhos intensos e elegantes oferecidos no local. Para sobremesa, não deixe de experimentar a torta de laranja ou o pudim de amêndoas.
Ficou com água na boca? Nós também! Enquanto você ainda não está nesses restaurantes incríveis, nada melhor do que se deliciar com vinhos alentejanos! Acesse nosso site e escolha o seu preferido!
maio 12, 2019
Localizado no norte de Portugal, a região do Douro é conhecida por seus excelentes vinhos e paisagens exuberantes. Banhada pelo rio Douro, possui fortalezas históricas, casas medievais e vinhedos em terrenos inclinados.
A região ficou ainda mais conhecida pela produção de vinhos em 1940, quando ocorreu uma queda na qualidade da produção de vinhos no Dão devido a regulamentações estabelecidas por políticos da época. Se quiser entender melhor essa história, pode ler nosso post anterior, onde falamos sobre a região de Dão. Apesar de sempre ser uma região conhecida por seus vinhos, essa crise em seu vizinho alavancou ainda mais o mercado.
Outro fator que tornou a região ainda mais conhecida foram os famosos vinhos do Porto produzidos ali. Apesar de haver muita polêmica entorno da história do seu descobrimento, não podemos negar que sua origem é do Douro. A história que circula, é que produtores da Inglaterra descobriram o vinho por acaso. Eles compraram vinhos de Douro e adicionaram brandy para evitar que ele azedasse durante as viagens de volta para casa e nesse processo nasceu o vinho do Porto. O que torna o vinho do Porto diferente de todos os outros, além do clima propício para sua criação, é o fato da sua fermentação não ser completa, sendo interrompida numa fase inicial. Os três tipos considerados são: Branco, Ruby e Tawny.
As principais uvas que compõem os vinhos da região são a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinto Cão,Tinta Barroca e Touriga Franca ou Francesa e Tinta Amarela.
Mas voltando a falar sobre Douro, a região foi classificada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade e além de bela, é recheada de vinícolas e boa gastronomia. A melhor época para visitar Douro é de junho a agosto, pois é quando tem menos chuvas. Nessa época existem muitas festas e celebrações, como a Festa de São João, o festival de curtas, entre outros.
Duas programações que consideramos imperdíveis para conhecer a região de Douro em sua essência, são os passeios de barco pelo rio Douro e uma visita ao Parque Natural do Douro Internacional. As viagens de barco são relaxantes, contam com uma paisagem incrível e possuem diversas opções para que você escolha a que mais te agrada. Existem passeios com duração de uma hora e outros com duração de até dois dias. Já o Parque, que faz fronteira entre Portugal e Espanha, possui uma grande variedade de animais e é possível avistar mais de 170 espécies de aves.
Já sobre vinícolas, sabemos que existem inúmeras de altíssima qualidade na região, porém indicamos fortemente a Quinta do Panascal, propriedade da Fonseca, um dos mais conhecidos produtores locais. Na época da colheita, é possível assistir as uvas serem pisadas nos tradicionais tanques de granito. O local possui visita guiada com áudio disponível em nove línguas e é muito requisitado quando o assunto é vinho.
Outra vinícola que vale a pena conhecer no Douro é a Quinta das Carvalhas. Ela é a vinícola mais antiga da região (1759) e uma das mais altas, a 550m de altitude, o que proporciona uma vista incrível do vale!
Portugal é um destino muito escolhido por brasileiros até por questões históricas dado nosso passado. Considerando tudo, nada mais justo do que desfrutar completamente de tudo que essa nação tem a nos oferecer!
Agora, que tal encerrar essa leitura com um vinho do Porto? Em nosso site temos diversas opções para você não passar vontade! Confira!